terça-feira, 19 de agosto de 2014

O amor em nós.


Pessoal, a postagem de hoje não é exatamente de autoria minha. Mas se trata de um texto que vi na internet que apesar de não citar o vaginismo em si, fala muito e de todas as formas da condição da mulher vagínica.
Espero que gostem:

PERTURBAÇÕES NOS ÓRGÃOS GENITAIS - MENSAGENS DO CORPO

“Acredito que criamos todas as "doenças" de nosso corpo. Ele, como tudo o mais na vida, é um reflexo dos nossos pensamentos e crenças interiores. O corpo está sempre falando conosco, só precisamos parar para ouvi-lo. Cada célula sua reage a cada pensamento que você tem e cada palavra que fala.
Os órgãos genitais são a parte mais feminina de uma mulher e a parte mais masculina do homem, e representam a feminilidade ou a masculinidade, nosso princípio masculino ou nosso princípio feminino. Quando não nos sentimos à vontade em ser um homem ou uma mulher, quando rejeitamos nossa sexualidade, quando rejeitamos nosso corpo por considerá-lo sujo ou pecaminoso, frequentemente temos problemas na área genital. É muito raro eu encontrar alguém que foi criado num lar onde os órgãos genitais e suas funções eram chamados pelos seus nomes corretos. Todos nós crescemos usando eufemismos de um tipo ou de outro. Você se recorda dos que sua família empregava? Podiam ser tão delicados como "lá em baixo" até palavrões que o faziam sentir que seus órgãos eram sujos e nojentos. Sim, todos crescemos acreditando que havia algo não muito bom entre nossas pernas.
Acho que a revolução sexual que explodiu há alguns anos foi, de certa forma, uma coisa boa. Começamos a nos afastar da hipocrisia vitoriana. Subitamente tornou-se certo ter muitos parceiros e tanto homens como mulheres podiam ter aventuras de uma só noite. A troca de casais tornou-se mais aberta. Com tudo isso, muitos de nós passaram a gozar o prazer e a liberdade de nosso corpo de um modo novo e aberto. Todavia, poucos de nós pensaram em lidar com o que Roza Lamont, fundadora do Self Communication Institute, chama de "Deus de Mamãe". O que sua mãe lhe ensinou sobre Deus quando você tinha três anos ainda está no seu subconsciente, a não ser que você já tenha feito algum tipo de trabalho mental para libertá-lo. Aquele Deus era raivoso, vingativo? O que aquele Deus pensava sobre sexo? Se ainda estamos abrigando essas primeiras sensações de culpa a respeito da sexualidade e do nosso corpo, com toda certeza iremos criar punições para nós mesmos.
Problemas de bexiga, ânus, próstata, pênis, bem como a vaginite, têm origem nas crenças distorcidas sobre nossos órgãos genitais e no valor de suas funções. Cada órgão de nosso corpo é uma magnífica expressão de vida com sua própria e especial função. Não pensamos em nosso fígado ou em nossos olhos como sendo sujos e pecaminosos. Por que então escolhemos acreditar que os órgãos genitais o são? O ânus é tão belo como o ouvido, por exemplo. Sem o ânus não teríamos como expelir aquilo de que o corpo não precisa mais e morreríamos bem rapidamente. Cada parte e função do nosso corpo é perfeita e normal, bela e natural.
Peço aos clientes com problemas sexuais que comecem a se relacionar com seu reto, pênis ou vagina com um sentido de amor e apreciação pelas suas funções e sua beleza. Se você está estremecendo ou ficando irritado com o que está lendo aqui, pergunte-se: por quê? Quem o mandou negar qualquer parte de seu corpo? Com toda certeza não foi Deus. Nossos órgãos sexuais foram criados para nos dar prazer. Negar isso é criar dor e castigo. O sexo não é apenas "legal", ele é glorioso e sensacional. É tão normal para nós fazer sexo como respirar e comer.
Apenas por um instante, tente visualizar a vastidão do Universo. Ela está além de nossa compreensão. Até mesmo os maiores cientistas com os equipamentos mais modernos que existem não podem medi-la. Bem, dentro desse Universo há muitas galáxias e numa das menores delas, num cantinho afastado, existe um sol de menor grandeza. Em torno desse sol giram umas poeirinhas, uma das quais é chamada de planeta Terra. Ora, acho difícil acreditar que a imensa, incrível Inteligência que criou o Universo inteiro seja apenas um velho sentado numa nuvem acima do planeta Terra... espiando o que faço com meus órgãos genitais! No entanto, a maioria de nós teve esse conceito enfiado em nossa mente quando éramos crianças.
É absolutamente vital desprendermos de nossa mente essas idéias tolas, antiquadas, que não nos apóiam nem nos nutrem. Insisto também que até nosso conceito de Deus precisa ser mudado, de forma que tenhamos um Deus para nós, não contra nós. Quando retiramos a culpa sexual das pessoas e as ensinamos a se amarem e se respeitarem, elas automaticamente passam a tratar melhor a si mesmas e aos outros, o que resulta no seu mais alto bem e maior alegria. O motivo de termos tantos problemas com nossa sexualidade é o ódio e o nojo voltados contra nós mesmos, o que nos faz tratar a nós mesmos e aos outros com mesquinhez.
Não é suficiente ensinar a mecânica da sexualidade nas escolas. É preciso, num nível bem profundo, lembrar às crianças que seu corpo, órgãos genitais e sexualidade devem ser motivo de júbilo. Creio firmemente que os que se amam e amam seu corpo não maltratam a si mesmos e aos outros.
Em minha prática, descobri que a maioria dos problemas de bexiga têm origem na raiva contra o parceiro. O que nos irrita está relacionado com nossa feminilidade ou masculinidade. As mulheres têm mais distúrbios de bexiga do que os homens porque têm uma maior tendência para ocultar sua mágoa. Voltando à vaginite, ela em geral está envolvida com a sensação de se sentir romanticamente magoada por um parceiro. Os problemas de próstata têm muito a ver com a autovalorização e a crença de que à medida que vai se tornando mais velho o homem torna-se menos homem. A impotência tem origem no medo e às vezes está relacionada com o ressentimento contra uma parceira anterior.
A frigidez também vem do medo ou da crença de que é errado gozar dos prazeres do corpo. Ela pode ainda ser causada por nojo contra si mesmo e às vezes é intensificada por um parceiro de pouca sensibilidade.
A síndrome pré-menstrual, que vem atingindo proporções epidêmicas, está diretamente relacionada com o aumento da propaganda nos meios de comunicação. Esses anúncios imprimem sem parar nas mentes femininas que o corpo deve ser borrifado, empoado, lavado e de uma forma geral super-higienizado com os mais diferentes produtos para torná-lo razoavelmente aceitável. Ora, ao mesmo tempo que as mulheres estão assumindo sua posição igual na sociedade, também estão sendo bombardeadas com a mensagem negativa de que os processos orgânicos femininos têm algo de errado. Isso, combinado com a exagerada quantidade de açúcar que atualmente é consumida, cria um campo fértil para a síndrome. Os processos orgânicos femininos, inclusive a menstruação e a menopausa, são normais e naturais, e devemos aceitá-los como tal, mantendo sempre em mente que nosso corpo é belo, magnífico e maravilhoso.
Acredito que as doenças venéreas quase sempre são sinal de culpa sexual. Elas vêm de uma sensação, muitas vezes inconsciente, de que não é certo nos expressarmos sexualmente. Um portador de doença venérea pode ter muitos parceiros, mas somente aqueles cujos sistemas imunitários físico e mental são fracos serão suscetíveis a ela. Além desses antigos males, atualmente a população heterossexual criou um aumento da herpes, que é uma doença que fica indo e vindo para nos "punir" pela crença de que "somos maus". A herpes tem a tendência de surgir quando estamos emocionalmente desequilibrados, o que por si só já conta muito.” -  Louise Hay
Retirado de: https://www.facebook.com/groups/325118387513639/permalink/955102131181925/, às 12:16 am. (transcrição em português do brasil)
Espero que tenham gostado, se inspirado e se identificado!
Termino esse post desejando a todas vocês um amoroso despertar da consciência de seus corpos, por que esse é o real caminho para a cura! ;)
Beijos e foça!
Luthy Fray

2 comentários:

  1. Adoreeeei a postagem, Luthy! Veio para complementar as novas ideias que minha sexóloga está trazendo à minha mente. E amei a Louise, estou pesquisando sobre ela!

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    1. É claro que a causa de todas as doenças não é emocional, mas muitas vezes o que sentimos e o que nos deixamos sentir influencia muito na nossa saúde e no desenvolvimento de doenças. Quando falamos de vaginismo temos um índice tão alto de causas psicológicas que não há como descartar esse ponto de vista, e é aí que achei interessante trazer esse texto tão belo e cheio de amor para o nosso contexto. Nós nos privamos do prazer sexual por sentirmos culpa, por termos medo de ser feliz, por não nos acharmos merecedoras de tudo isso e por mais um monte de outros motivos, mas todos eles estão dentro de nossas cabeças e de nossos corações. Quando aprendemos a nos libertar de todos esses sentimentos restritivos em relação ao sexo é que encontramos a verdadeira cura.
      Fico feliz que tenha gostado do texto Thai, sei que a sua cura está cada vez mais próxima!

      Beijos e força!
      Luthy Fray

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