sábado, 12 de setembro de 2015

Depois do começo

O que dizer após mais de um ano de cura? Antes de qualquer coisa, que hoje me sinto uma mulher completa, mas não digo isso por atualmente ser capaz de consentir a penetração, nem pelo fato de me permitir sentir prazer dessa forma, embora esse motivo esteja mais próximo da realidade do que o que citei inicialmente.
Digo hoje que me sinto uma mulher completa, pois tenho controle do meu corpo de uma forma que nunca pensei que teria, e que a maioria das mulheres que não passaram pela trajetória do vaginismo nunca irão conhecer.
Hoje vejo no meu filho, no parto normal pelo qual passei para que ele viesse ao mundo, e pela retomada aos poucos da normalidade na minha vida sexual a maior conquista de tudo isso. Não posso ser hipócrita e dizer que não temi uma recaída num vaginismo pós parto, mas a nossa mente é de fato uma mecanismo impressionante, que quando bem trabalhado só precisa ser doutrinado uma única vez.
O que precisei aprender para superar essa barreira? Precisei aprender o que para mim ainda é um grande desafio, muitas vezes em áreas diversas da vida relativas a outras situações; precisei aprender a relaxar e a ter paciência, esses foram os dois grandes ensinamentos que tirei do meu período com vaginismo.
Espero que todas as mulheres que acompanham o meu blog, um dia alcancem essa conquista,
E se me perguntarem quais são os meus problemas e preocupações atuais, tenho que admitir que ele ainda se originam muitas vezes naqueles sentimentos que atrapalharam o meu caminho rumo a cura do vaginismo, a ansiedade e a impaciência, mas hoje tenho tentado me lembrar que nenhum desses dois sentimentos vai resolver os meus problemas nem antecipar os seus finais. Continuo tentando viver um dia de cada vez.
Para todas aquelas que me leem, um abraço forte, carinhoso e carregado de esperanças de melhoras e cura.
Luthy Fray