domingo, 18 de maio de 2014

A nova vida!

Hoje volto a falar de sexo por aqui, um mês e alguns dias após ter finalmente encontrado a cura.
Meu mundo já é diferente, já aprendia muito do que gosto e do que prefiro não fazer, já descobri muito mais coisas sobre mim. Mas muitas coisas continuam iguais, e realmente gosto muito do que permaneceu.
Sempre pensei que quando finalmente tivesse vencido essa barreira algumas coisas estariam mudado em mim claramente, mas hoje vejo que tudo isso foi fruto de medos infundados.
Sempre pensei que quando isso acontecesse ficaria com algum sinal claro de que a minha velha e tão estimada virgindade, tinha me abandonado. Hoje tenho que assumir que essa era uma visão machista e preconceituosa que aprendi a ter sobre o assunto, além de bastante infantil também.
Todos esses meus medos infundados e infantis tem desaparecido com o tempo, e com muito prática (se é que vocês entendem o que quero dizer), tenho desencanado cada vez mais dessa questão e na medida que vem se tornando uma coisa mais corriqueira, todos os outros estranhamentos em relação a essa nova realidade vem desaparecendo aos poucos.
A cada relação sexual aprendo um pouco mais, sobre mim, sobre o meu marido, sobre o que as pessoas dizem sobre sexo, e sobre algumas lendas que escutamos a respeito desse assunto desde que somos muito pequenos para entender sobre o que se tratam.
De fato a cura tem sido apenas mais um passo na grande jornada do auto conhecimento, mas a partir daquele momento, um passo cada vez mais seguro e prazeroso.
Tenho que admitir que sexo com penetração, bem feito, bem compreendido e com amor é o ato mais mágico que já provei na minha existência. E hoje consigo entender bem mais o que a minha terapeuta dizia quando me falava que mesmo sem penetração, as relações sexuais que eu tinha com o meu marido, cheias de intimidade, cumplicidade, amor e compreensão era muito melhores do ponto de vista qualitativo, do que aquelas que eu invejava que contavam apenas com a penetração e algum tipo de afeto e atração física.
De fato o sexo é um ato mágico e potencialmente sagrado, mas muito mais simples e leve do que eu estava acostumada a imaginar.
Sei que todas as vagínicas em tratamento na hora certa vão encontrar a sua cura, mas no meu caminho algumas descobertas foram essenciais para atingir esse objetivo: conhecer o meu corpo, descobrir a naturalidade do sexo, encará-lo com leveza e perceber o quanto esse ato é simples de ser consumado.
A terapia foi um grande aprendizado, talvez a fase mais amorosa da minha vida até agora, o momento em que me ensinaram a lidar com os meu bloqueios, meus medos e minhas inseguranças com a maior quantidade de amor possível, e hoje só posso agradecer a todos vocês que me deram força, conselhos e calma sempre que precisei, a  maravilhosa profissional que me guiou nesse caminho e que cuidou de mim sempre com tanto carinho e dedicação e ao meu marido que com muito amor, não mediu esforços para me acompanhar nessa jornada que para nós dois estava apenas começando.
Nada nesse caminho foi em vão, tudo o que aprendi, tudo o que passei durante esse tempo me levou a ser hoje uma pessoa sexualmente mais livre e um ser humano mais amoroso com as pessoas a minha volta em diferentes situações.
Sei que ainda tenho muito o que aprender, mas espero sempre ter a oportunidade de ter esse espaço de troca de experiências para poder compartilhar meus conhecimentos e descobrir mais coisas ao lado de vocês.
Beijos e força a todas que estão em busca da cura, permaneço torcendo por vocês. Contem comigo para o que for necessário!