domingo, 28 de abril de 2013

Contradições!

Olá pessoal!
Ensaiei muito para começar uma nova postagem, por ter muitas coisas pululando na minha cabeça nesse momento, mas aqui estou escrevendo para vocês mais uma vez!
Acredito que isso aconteça em qualquer momento na vida de todas as pessoas e provavelmente o tempo inteiro, mas existem momento em que os sentimentos e os pensamentos se intensificam e a única coisa que se pode querer é sentir-se livre de todas as coisas! É mais ou menos o que venho sentindo ultimamente quando penso no tema desse blog.
Não por nada, meu marido não me cobra, minha terapeuta tem sido um anjo que apareceu na minha vida e me ajudado bastante, ao contrário do que acontecia quando eu frequentava a psicologa do posto, nunca saio de uma sessão com a sexóloga deprimida, parece que existe uma luz que emana da minha médica que afasta todas as coisas ruins e pesadas que se pode esperar de um tratamento de saúde (que fique bem claro que essa não é uma visão romântica da situação, apenas um fato, a minha médica é uma daquelas pessoas que faz com que você se sinta bem, mesmo que você esteja enfrentando um problema muito difícil, e isso tem sido muito importante para mim), sem contar que o apoio incondicional do meu marido, também tem sido algo muito além das minhas expectativas. Como já disse aqui em outras ocasiões, temos nos divertido bastante na terapia.
Mas apesar de tudo isso estar sendo muito positivo na minha vida, ainda assim existem momentos em que aparece o velho e mal desanimo, a sensação de ser uma pessoa incompleta por não conseguir alcançar uma coisa que para o resto do mundo parece tão comum e fácil! Sem contar que antes de qualquer coisa, quando finalmente tive coragem de procurar tratamento não foi apenas em função do vaginismo, sempre existiram mais problemas hormonais na minha vida com os quais eu deveria me preocupar além do vaginismo. Problemas que agora estão caminhando para serem resolvidos, mas que ainda não foram e essa ansiedade também me prejudica, eu sei, mas ainda não aprendi uma forma de controlar esse meu lado.
Estava agora a pouco a ler um relato de uma moça com vaginismo que se curou rapidamente, e sinceramente, morri de inveja! Afinal de contas, qual de nós não morreria de inveja de uma situação assim? E as coisas para ela foram de certa forma muito simples, ela sabia o motivo da manifestação do vaginismo ( um abuso sexual sofrido na infância), e simplesmente decidiu aceitar que podia ser feliz sexualmente, que poderia ter penetração e as coisas funcionaram meio que magicamente.
Começo a pensar que lá no fundo nós sabemos os motivos que nos levaram a desencadear o vaginismo, pelo menos eu acredito que sei o meu (embora não duvido que possa descobrir na terapia que o motivo é uma coisa que eu nem imaginava que me incomodava...), sei o que me incomoda, mas é algo que me incomoda tanto que entendo o fato de não conseguir lidar com isso sozinha e precisar da ajuda da minha terapeuta linda, mesmo por que na minha cabecinha problemática a solução seria resolver o que me incomoda, mas como resolver algo que envolve toda uma sociedade?
É simples, o que me incomoda foi ter sido criada em uma sociedade cheia de gente hipócrita, que te faz acreditar fazer coisas que na verdade ninguém faz! Estou começando a crer que religião é o mal da humanidade, bom na verdade para ser bem mais especifica, o cristianismo é o mal da humanidade! Não, não sou satanista nem tenho nenhum problema com Jesus, o que acontece, e que me incomoda é como tudo isso tem sido usado para manipular as pessoas, deixá-las paranóicas. Eu venho de uma família católica e machista, o que já é uma bela combinação, mas me parece que atualmente as pessoas estão propagando mais preconceitos e ideias sem fundamento com o único propósito de dizer que a felicidade do outro é errada, e que as crianças devem ser podadas naquilo que na verdade não faz mal algum a elas, mas ninguém se importa de verdade em dar educação a essas crianças, o que acontece é que os comportamentos que devem ser corrigidos ninguém corrige, e aqueles que de fato fazem parte da personalidade que aquela criança um dia vai desenvolver e que vai ser vital para que ela se torne um adulto pleno, isso sim é podado e "corrigido" segundo padrões que nem mesmo seus corretores e podadores.
Com todo o fanatismo religioso que se espalha pela nossa sociedade a única coisa que consigo vislumbrar no horizonte são muitas gerações de vagínicas, de homossexuais com problemas psicológicos por não terem a coragem de assumir o que são e pessoas com a mente cada vez mais fechada, e isso é só a minha visão de quem conhece poucos problemas psicológicos.
O fato é que o fanatismo não faz mal ao fanático, mas as pessoas que o cercam, que em algum momento acreditam que aquela pessoa em algum momento da vida foi realmente a pessoa que diz ser, correta, cheia de uma moral, que depois de um tempo você vai descobrir que ninguém tem e que no fim das contas não é saudável ter, mas quando se descobre isso você já foi afetada por essas pessoas e suas ideias destorcidas do mundo e dos seres humanos.
E como eu tenho raiva de ver as pessoas continuarem a propagar os mesmo falsos ideais, as mesmas ideias contraditórias que vão prejudicar a vida de tantas outras pessoas!
Talvez no dia em que eu aceitar que não sou capaz de mudar o mundo, me sinta mais leve!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Fazendo muita terapia...rsrsrsrsrsrs


Essa semana estou mais livre de trabalho, então lá vem postagem!
De vez em quando sempre gosto de escrever aqui por que leio textos na internet sobre vaginismo e as pessoas parecem sempre tão tristes e tão concentradas no vaginismo o tempo inteiro, que me pergunto como elas conseguem viver.
Tenho que admitir que a minha jornada com/contra o vaginismo é recente, que eu não sou como muitas das mulheres que vejo dar depoimentos na rede que convive com o problema e com os companheiros há 6, 7, 8 às vezes 10 anos, sem cura e com mais interrupções no tratamento do que tratamento em si. E não pretendo ser assim! o meu objetivo é seguir com o tratamento até o fim sem pausas, afinal quero me libertar o quanto antes dessa situação, dessa amarra psicológica que carrego comigo.
Mas o que me deixa impressionada é que parece que as pessoas APENAS falam de vaginismo e dos problemas decorrentes do mesmo, é como se olhassem para os parceiros e vissem apenas a falta de penetração. Será que é assim mesmo que funciona?
Tenho essa dúvida por que eu e o meu marido fazemos praticamente tudo juntos desde que começamos a namorar, sempre tivemos os mesmos interesses, compartilhamos as mesmas distrações, então a diversão sempre foi meio que uma prioridade no nosso relacionamento.
E o companheirismo também sempre foi meio que o nosso forte, afinal desde que casamos o vaginismo não foi a única doença que nos apareceu desde que casamos. Acho que nunca contei aqui que pouco tempo depois que casamos e descobrimos o meu vaginismo, também descobrimos que o meu marido é diabético, e de cara isso causou grandes complicações no nosso cotidiano que nem estava exatamente estabelecido ainda, mas juntos sempre demos conta desses problemas de percurso.
Entendo que o sexo seja de extrema importância dentro de um relacionamento, ma como já disse antes, sexo não significa estritamente penetração vaginal! Eu sei que a penetração é importante, mesmo por que se não fosse esse blog não existiria e nós não estaríamos aqui tratando desse assunto, mas a penetração para mulheres com vaginismo tem que ser uma meta a ser alcançada, não um motivo para que não se tenha NENHUMA experiencia sexual! Existem outras formas de sexo e elas devem ser aproveitadas sim! Com calma e tentando manter em mente que todas as formas de sexo são naturais, saudáveis e benéficas ao casal, e que nada, nenhuma vontade ou limitação na relação sexual deveria ser vergonha para ninguém.
Eu mais do que ninguém sei que tudo isso é difícil, mas se não começarmos de algum lugar, nunca conseguiremos dar nenhum passo rumo a lugar nenhum, ficaremos eternamente estagnadas nessa prisão sexual psicológica, imposta por nós mesmas e por uma sociedade hipócrita cheia de falso moralismo, e de uma cristianismo contraditório e ultrapassado!
Tentem desencanar tento em relação ao sexo que as coisas ficam mais fáceis e começam a se resolver mais rápido!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Terapia sexual em casal!


Ai gente, demorei muito para publicar outro post em função das correrias do cotidiano, e ultimamente na minha vida tem sido difícil até parar em casa cinco minutos e ter tempo e paz espiritual para poder escrever qualquer coisa!
Enfim, como já tinha dito no post anterior, finalmente consegui começar a terapia com a sexóloga, e sendo bem sincera, mesmo que no início eu estivesse muito empolgada com a ideia, mas achando meio difícil de imaginar, tá sendo super legal, por mais estranho que isso possa parecer.
Nossos assunto de início tem sido bem básicos mesmo, mas bastante necessários, conversamos bastante sobre o que significa sexo na vida das pessoas, qual a importância da energia sexual no nosso cotidiano, etc etc etc, o que tem sido mais interessante é que o meu marido está sempre por perto, é como se fizéssemos aquelas terapias de casais que aparecem nos filmes, com a diferença de que não estamos ali por que temos um problema em nosso relacionamento causado por nós mesmos, estamos tentando resolver os meus problemas e ele está ao meu lado de todas as formas que poderia estar.
É obvio que isso tem fortalecido o nosso relacionamento enormemente, e o mais legal é que com toda essa conversa eu tenho conseguido me soltar mais com ele no que se relaciona a sexo, temos tido momentos muito divertidos e prazerosos, claro que por enquanto sem penetração, mas muito mais tranquilos e relaxados e livres do que era antes.
Tem sindo bastante produtivo, para nós dois, e começo a pensar que terapia sexual TEM que ser feita a dois, afinal, o sexo não é o que se busca nesse tipo de terapia? E o sexo não tem que ser feito a dois? Logo qual o sentido de nos separarmos de nossos parceiros nesse tipo de momento? E de qualquer forma é muito fácil jogar toda a responsabilidade pelo tratamento nas costas da mulher apenas pelo fato de que o problema é no corpo dela, mas não é o nosso corpo que vamos dividir no momento do ato sexual?
De vez em quando temos a visão freudiana de que todos os nossos problemas psicológico relacionados a sexo tem a ver com a nossa família, mais especificamente com nossas mães, mas começo a perceber que não é exatamente assim, por que afinal de contas por mais reprimidas por nossas famílias que possamos ser, sempre temos a opção de seguir nosso caminho da maneira que acharmos melhor, afinal a vida é nossa, e somos nós que a decidimos, o que ouvimos ou deixamos de ouvir, o que seguimos ou deixamos de seguir, tudo o que fazemos é decisão nossa.
Não que ter vaginismo seja nossa opção, as vezes somos influenciados e nem percebemos, não conseguimos ver a quanto o nosso subconsciente é poderoso, mas na parte que podemos controlar, no nosso consciente, é opção nossa, nós escutamos quando queremos e damos brechas para coisas que não queremos absorver entrarem em nossa vida.
Enfim, estou gostando muito da terapia sexual, mais uma vez, estou vendo as diferenças em mim, estou admitindo o que faço de errado comigo, e por mais que eu saiba que não vou me curar amanhã, sei que hoje estou um passo mais a frente na busca cura do que estava ontem.