terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Desabafo...


Na maioria das vezes em que vou ao médico, espero duas coisas, a primeira é o médico (a) em questão não saber o que é vaginismo e aí ele vai tomar duas atitudes: 1) pensar que é firula, e tentar me examinar como examinaria qualquer outra mulher, ou 2) dizer que nunca viu ninguém dizer que tem vaginismo e me tratar como um extraterrestre. A segunda coisa que espero quando vou ao médico (a), é que o eu vaginismo tenha sumido magicamente do dia para a noite e eu ainda não saiba, mas é óbvio que isso não acontece...
Bom todas as situações descritas acima desencadeiam mais frustração do que ter o bendito vaginismo em si, por que na maioria das vezes pelo menos eu não penso nessa situação, e vivo a minha vida normalmente. Mas quando tenho que ir ao médico e lembrar que não faço sexo da forma convencional por que no momento sou incapaz de executar uma tarefa que teoricamente o meu corpo nasceu programado para executar com perfeição é extremamente frustrante!
Por isso odeio estar procurando um médico para fazer o meu tratamento, odeio as horas na sala de espera sem saber no que a consulta vai resultar, odeio estar do lado de dentro e ter que repetir a minha história pela enezima vez, para uma pessoa que muito provavelmente não vai ser capaz de me ajudar e muitas vezes sem querer vai fazer com que eu saia da sala pior do que entrei. Odeio quando saio do consultório médico, com uma vontade imensa de chorar e me isolar do mundo, por que a dor é muito grande e por que no fundo me sinto como uma anormal, já não tenho mais saco com as pessoas dizendo que eu tenho que ter paciência, não quero ter paciência, quero uma solução, que seja rápida, não quero mais sentir dor, não quero mais me sentir inferior, incompleta e defeituosa. Quero a plenitude de ser mulher e quero AGORA!
Mas é frustrante ver que cada passo me leva a um beco sem saída, que cada toque inocente é como uma faca em chamas sendo inserida dolorosamente dentro de mim, e que me sinto ainda pior por sentir tudo isso!
Na verdade queria simplesmente nesse momento que o próprio ato sexual não existisse, embora meu marido nunca tenho me cobrado nada, embora ele seja meu companheiro eterno em absolutamente tudo, atencioso e paciente, eu me cobro no lugar dele, e não aguento mais essa situação.
Eu já sei como vou fazer meu tratamento, apenas preciso que minhas férias cheguem ao fim, assim o trabalho volta e o dinheiro também, mas não aguento mais esperar, queria uma solução nesse momento!!!
Desculpem isso é só um grande desabafo depois de um dia ruim...

10 comentários:

  1. Luthy, como você já conseguiu a penetração e continua sentindo muitas dores assim como eu sentia ( e ainda sinto, só que cada vez menos)eu vou te passar uma dica, que pra mim foi milagroso, mas para o médico foi coisa da minha cabeça: Eu tenho um livro "Recursos para uma vida natural de Eliza Mello Soares Biazzi" ao qual sempre recorro, ele é maravilhoso. Neste livro há como indicação para inflamação no útero, banho de assento com ervas como malva e camomila. Eu já havia feito com rosa branca, mas não vi nem um resultado. Mas quando fiz por cinco dias consecutivos os banhos ( na época comprei uma bacia bem grande, e disse para minha mãe que eu estava com um inflamaçãozinha, ela até então não sabia do meu problema )eu senti a diferença. Falo sobre isso no meu blog. Foi a primeira e única vez que eu tive uma relação sem dor. Pergunte a seu médico se você pode experimentar estes banhos. Você vai gastar menos de R$ 10,00 com as ervas e quanto ao livro você o encontra até por R$ 16, 00 (usado). Faça o banho e faça exercios de penetração com os dedos durante os mesmos. Pra você ter uma ideia, eu passei por exemplo a fazer pequenas compressas na entrada da vagina com gaze embebido em infusão de malva e camomlia um dia antes de transar. E as dores diminuiam. No livro há um tratamento completo de três semanas, mas para fazê-lo eu pretendo consultar um médico primeiro. Fica a dica !

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    1. Maria, fico muito agradecida pela dica. Acredito que conseguiremos sucesso mais rápido assim compartilhando nossas experiências e informações. Vou tentar usar essa sua dica o mais rápido possível, realmente muito obrigada!

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    2. E todos os dias na hora de tomar banho, faça como eu comecei a fazer há pouco tempo: Faça movimentos circulares pressionando bem, esfregando bastante até onde vc aguentar a ardência na entrada da vagina. Antes eu sempre a lavava e secava com muita leveza, como se eu estivesse higienizando um machucado. No meu caso sempre ardeu muito, mas eu continuei e continuo fazendo. Tá me ajudando muito. E quanto ao banho de assento, lembre-se que cada organismo funciona de uma maneira, para mim cinco dias consecutivos já me deram uma noite de sexo sem dor. Talvez você precise de mais banhos, não desita dos mesmos. Faça ao menos, no começo, movimentos circulares na entrada da vagina durante o banho de assento. E se você quiser me passa um e mail, que eu escaneio estas páginas do livro, que mostra o tratamento completo e passo para você.

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  2. Luthy,
    as situações difíceis exigem superação...além de persistir nos tratamentos que você está combinando, acho que o que ajuda a ter paciência é conversar com as blogueiras com vaginismo. Ajudar aumenta a nossa compreensão do problema e alivia a nossa impaciência, já que há pessoas que estão muito atrasadas na descoberta do vaginismo. A minha esposa, por exemplo, só descobriu o vaginismo depois de seis anos de casamento...

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    1. Marcelo,
      Nem consigo imaginar como deve ter sido para você e para a sua esposa 6 anos de casamento às sombras do vaginismo, apesar do que estou às vésperas dos 5 anos de relacionamento com meu marido (entre namoro e o nosso recente casamento), embora só realmente tenha percebido que havia alguma coisa errada depois que casamos. O meu problema é ser uma pessoa muito ansiosa e impaciente, por isso sempre quero que tudo se resolva o mais rápido possível, mas estou tentando pelo menos diminuir a ansiedade e a impaciencia mesmo que ela me pareçam mais um traço da minha personalidade do que um defeito...rsrsrsrsrsrs

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    2. Luthy,
      eu apostaria com você (mesmo com o risco de perder por não conhecê-la) que eu sou mais ansioso que você. Eu vivo no limite do ser humano...(risos)
      Mas mesmo eu já admiti que a ansiedade é um traço da minha personalidade que deve ser mudado, porque impede que eu aproveite melhor a vida, porque desgasta o meu corpo e a minha mente e me faz ficar esgotado emocionalmente em situações que eu poderia administrar melhor.
      A ansiedade é um estado de atenção desproporcional ao que a vida exige no momento, e acaba se tornando um estilo de vida que não pode ser considerado a nossa natureza. Basta lembrar de momentos em que relaxamos, como quando viajamos ou quando passamos aquele dia preguiçoso de domingo, feriado ou férias.
      Um abraço

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  3. Comecei a ler o blog hj e estou amando!
    Queria saber qual é o blog da Maria das Dores, vcs podem me passar?
    Tb estou a procura da cura do vaginismo!
    Beijos

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    1. Obrigada,

      Estamos todos aqui em busca da cura, e que ela chegue logo!
      O blog da maria das dores é esse aqui: http://memoriasdeumavaginica.blogspot.com.br

      Beijos e boa sorte!

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  4. Não sei por onde começa pq nem sei o q fazer acho q sou a única e q sou de outro mundo e isso tá me matando.

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    1. Tenha certeza de que você não é a única, e que o vaginismo é mais comum do que pode parecer. Muitas mulheres fingem uma felicidade sexual que não é real, você não é a única a sentir essa dor. Procure tratamento, o vaginismo é uma doença como qualquer outra, não há vergonha nem demérito em estar doente.
      E se precisar de alguém para conversar, pode contar comigo.

      Abraços cheios de força e coragem,
      Luthy Fray

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