segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ok, tenho vaginismo. E agora?


É exatamente essa a sensação que temos depois de descobrir que o vaginismo existe, e pior ainda, existem EM NOSSA VIDA!
A MINHA primeira reação foi tentar buscar uma saída sozinha, tentar colocar na minha cabeça que sexo não tem nada de errado, principalmente para mim que sou uma mulher casada que quer fazer sexo com o próprio marido. E o meu primeiro passo foi tentar convencer o meu subconsciente de que realmente não existe um por que em todo esse drama, afinal, eu estou casada e esse é o meu marido, de certa forma não é apenas certo, mas se eu pensar de uma forma mais antiquada é meio que o meu dever!
Para ser sincera o pensamento de que não havia nada de errado com o ato do sexo em si, ajudou bastante. Eu passei de penetração nenhuma para meia penetração (quando digo isso quero dizer que nenhuma parte do pênis do meu marido conseguia me penetrar, mas depois de passar alguns meses pensando fixamente que não tinha nada de errado ele conseguiu introduzir a metade do pênis em mim, mas não posso dizer que isso foi indolor...), o que já era alguma coisa. E apesar da dor esse pequeno progresso já nos deixou bastante felizes e otimistas!
Eis um fato que esqueci de contar, até então eu tomava anticoncepcional (Diane 35), e tive um sangramento sem explicação, que durou 3 meses diga-se de passagem, e voltei ao médico, mais por medo dos motivos do sangramento do que por causa do vaginismo (uns 2 anos antes de casar eu já tinha tido um diagnóstico de ovários policísticos e no fim só tomava pilula por causa disso...), mas não tinha como, eu precisava aproveitar o fato de já ter arrumado uma desculpa para ir ao médico e contar o que me incomodava além do sangramento, assim pelo menos não precisaria justificar para a minha família as minhas idas a médicos estando relativamente saudável.
Bom, no fim a minha consulta era no hospital que a minha irmã trabalha, e a minha mãe foi junto por que estava preocupada (uma das hipóteses para o meu sangramento era um aborto espontâneo, e mesmo quando se tem relações sem penetração essa é uma possibilidade que assusta...), conversei com a médica e expliquei o que estava acontecendo, ela pediu que eu fizesse um exame de ultrassom, para ter uma ideia de como estavam os meus ovários, e pediu para me examinar, e ai a tortura foi maior...
Apesar das tentativas da médica em ser delicada, o exame físico foi uma provação, por vários motivos, primeiro por que dificilmente um médico te avisa de fato quando vai colocar as mãos em você, principalmente quando é um ginecologista, e aí de repente você está lá batendo o maior papo com o médico e sente um dedo sendo enfiado vagina acima sem a maior cerimonia, e simplesmente pula da cadeira morrendo de dor (desculpem pelo modo que descrevi a cena, mas não encontrei um meio mais suave de falar da situação...), mas no fim o dedo foi a parte fácil, o pior ainda estaria por vir, um pequeno aparelho que a maioria das mulheres chama de "bico de pato", e que sinceramente me causou a dor mais horrível da vida, uma dor que queima as pernas e os pés e que claro me fez ter uma hiper crise de choro no consultório da médica, enquanto esta pedia para que eu cooperasse com o exame e relaxasse..., não entendo essa dos médicos pedirem pra gente relaxar quando estamos com dor, não conheço uma só pessoa que seja capaz de relaxar sentindo dor!
Enfim, exame terminado, e o vaginismo diagnosticado, e agora?
A minha médica me encaminhou para outra médica especialista em terapia sexual (o famoso sexólogo), que ela conhecia, e eu rapidamente marquei uma consulta com essa outra especialista.
A consulta não foi barata, nem perto da minha casa, mas tenho que admitir que passei com a melhor médica que já conheci...

12 comentários:

  1. Luthy,
    eu gostaria da indicação dessa boa médica que você conheceu. Será que você poderia enviar ao meu email? Você conhece o meu blog...
    obrigado...

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    1. Marcelo,
      Vou enviar, pode deixar, ela é ótima!
      Abraços...

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  2. Oi Luthy,

    Me casei a pouco tempo e também descobri que tenho vaginismo, tenho sofrido muito com isso e como é bom ter pessoas para poder partilhar mesmo que seja um sofrimento. Se quiser pode me escrever karinacazevedo@uol.com.br

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    1. Oi Karina!

      Desculpe a demora a responder, no que você precisar pode contar comigo, sei exatamente como é ser recém casada e dar de cara com o problema do vaginismo. Estamos aqui para partilhar sofrimentos, agonias, conquistas e felicidades e tristezas. Conte comigo!

      Abraços,
      Luthy

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  3. Boa noite
    Luthy,

    Pode enviar o contato desta médica para, pois tenho sofrido também muito com este problema, agradeço muito segue o e-mail fabmell@hotmail.com

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  4. Luthy, pode por favor me enviar o contato desta médica? Tem vaginismo a muito tempo, leio todos os blogs, mas nunca tinha visto o seu, e adorei, vou ler ele todo. Obrigada.
    Email:rosangelabaracho@globo.com

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    1. Flor,

      acabei de te enviar o contato da minha terapeuta!

      Beijos e boa sorte!

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  5. Oi Luthy,td bem?tbém busco a cura do vaginismo a 4 anos e já fiz mtos tratamentos e ainda sem obter bons resultador...se puder me passar o contato da sua médica.Obrigada!
    giocaruso@gmail.com

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    1. Olá!

      Vou te enviar o contato por e-mail e aí você verifica a questão de dias, horários de atendimento e valores.

      Força e boa sorte!

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  6. Oii, poderia enviar o contato da terapeuta? annecsantanna@yahoo.com

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    1. Anne, contato enviado! Me desculpe a demora na resposta!

      Força. coragem e determinação a você nessa caminhada!
      Luthy Fray

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