segunda-feira, 1 de julho de 2013

O exercício do espelho



Estou um pouco atrasada em relação ao objetivo primordial desse blog, que é contar como está sendo o meu tratamento,mas pretendo colocar isso em dias agora que finalmente entrei de férias!
Bom agora estou num trabalho realmente psicológico com a minha terapeuta, conversamos bastante já sobre o fato de sexo ser tabu e por que, falamos sobre atos sexuais, sobre relação sexual, sobre sexualidade e distúrbios sexuais masculinos e femininos.
E agora finalmente entramos na fase dos exercícios para fazer em casa, que também ainda tem muito mais a ver com a questão psicológica presente no vaginismo do que com as questões físicas.
O nosso (digo nosso, por que o meu marido, que frequenta as sessões comigo também tem que fazer, mesmo que seja sozinho) primeiro exercício parece muito simples a nossos olhos e só quando começamos a fazer nos demos conta do quanto poderia ser incomodo. Se tratava de, uma vez por dia, durante 10 minutos nos olharmos no espelho, primeiro o rosto e depois ir descendo (obviamente que o exercício deveria ser feito sem roupa, afinal se olhar no espelho vestido acho que todo mundo olha o tempo inteiro), mas só olhar o próprio corpo por 10 minutos diários!
Tenho que admitir que de início, foi horrível! Acho que estamos tão acostumados a nos olharmos no espelho em busca de saber como ficou nossa combinação de roupas, que nos ver sem a mesma é como não ter objetivos; eu como mulher obviamente me preocupei com gordura (engordei muito desde que casei, principalmente por que tive um problema hormonal que me deixou sem menstruar por quase 6 meses, e aparentemente é impossível emagrecer sem menstruar, muito pelo contrário, você só vai ganhando peso com o passar do tempo, em função da retenção de líquidos, acredito eu), e quando me vi no espelho a primeira imagem que me veio a cabeça como comparativo foi a Vênus Neolítica, e eu a tive que enfrentar. Com o passar do tempo as coisas foram ficando mais fáceis, mesmo por que estou em um processo de emagrecimento agora que os meus hormônios estão voltando ao normal, e foi ficando mais fácil me olhar desnuda, perceber o que gosto e o que não gosto no meu próprio corpo.
Duas semanas depois a minha médica explicou que o objetivo do exercício era de fato nos enxergar e não ver a imagem que queremos passar para as outras pessoas, por isso era tão difícil e incomodo ficar diante do espelho, e nos passou a segunda parte do exercício, que também pareceu fácil quando ouvimos, mas que se mostrou mais difícil que a primeira parte como é esperável.
Na segunda parte do exercício tínhamos que além de nos encararmos frente ao espelho, nos acariciarmos (separadamente), para ver quais as reações que tínhamos nas diferentes partes do nosso corpo, mas ainda não devemos tocar em nossos órgãos sexuais.
Acredito que foi mais difícil do que se eu pudesse me concentrar nos meus órgãos sexuais, e muito mais difícil do que apenas olhar, tanto que fiz muito mais o exercício de apenas olhar, do que o de tocar, primeiro por que, me parece de uma certa forma, que mesmo que o tempo que usamos para fazer isso seja o mesmo, dure mais e exija mais de mim do que só ficar me olhado.
É quase como explorar um lugar desconhecido, mas que já vimos diversas vezes em fotos, mas é estranho por estarmos falando do nosso próprio corpo.

2 comentários:

  1. Olá eu aqui outra vez, gostaria de saber se você faz ou já fez alguma consulta com uma fisioterapeuta Urogilecologica?. Pois acredito que seja muito importante, eu na 5 ou 6 seção já consiguia introduzir um pênis normal e sem dor, aguardo resposta bjinhos.

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    1. Não tive nenhuma consulta que não fosse com a minha ginecologista/terapeuta, temos conversado muito sobre diversos aspectos relacionados a sexo e mesmo que ainda não tenhamos começado os exercícios físicos, já vejo melhoras no meu modo de encarar o sexo, então de certa forma já estou mais otimista.
      Beijos e boa sorte!

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