segunda-feira, 8 de abril de 2013

Terapia sexual em casal!


Ai gente, demorei muito para publicar outro post em função das correrias do cotidiano, e ultimamente na minha vida tem sido difícil até parar em casa cinco minutos e ter tempo e paz espiritual para poder escrever qualquer coisa!
Enfim, como já tinha dito no post anterior, finalmente consegui começar a terapia com a sexóloga, e sendo bem sincera, mesmo que no início eu estivesse muito empolgada com a ideia, mas achando meio difícil de imaginar, tá sendo super legal, por mais estranho que isso possa parecer.
Nossos assunto de início tem sido bem básicos mesmo, mas bastante necessários, conversamos bastante sobre o que significa sexo na vida das pessoas, qual a importância da energia sexual no nosso cotidiano, etc etc etc, o que tem sido mais interessante é que o meu marido está sempre por perto, é como se fizéssemos aquelas terapias de casais que aparecem nos filmes, com a diferença de que não estamos ali por que temos um problema em nosso relacionamento causado por nós mesmos, estamos tentando resolver os meus problemas e ele está ao meu lado de todas as formas que poderia estar.
É obvio que isso tem fortalecido o nosso relacionamento enormemente, e o mais legal é que com toda essa conversa eu tenho conseguido me soltar mais com ele no que se relaciona a sexo, temos tido momentos muito divertidos e prazerosos, claro que por enquanto sem penetração, mas muito mais tranquilos e relaxados e livres do que era antes.
Tem sindo bastante produtivo, para nós dois, e começo a pensar que terapia sexual TEM que ser feita a dois, afinal, o sexo não é o que se busca nesse tipo de terapia? E o sexo não tem que ser feito a dois? Logo qual o sentido de nos separarmos de nossos parceiros nesse tipo de momento? E de qualquer forma é muito fácil jogar toda a responsabilidade pelo tratamento nas costas da mulher apenas pelo fato de que o problema é no corpo dela, mas não é o nosso corpo que vamos dividir no momento do ato sexual?
De vez em quando temos a visão freudiana de que todos os nossos problemas psicológico relacionados a sexo tem a ver com a nossa família, mais especificamente com nossas mães, mas começo a perceber que não é exatamente assim, por que afinal de contas por mais reprimidas por nossas famílias que possamos ser, sempre temos a opção de seguir nosso caminho da maneira que acharmos melhor, afinal a vida é nossa, e somos nós que a decidimos, o que ouvimos ou deixamos de ouvir, o que seguimos ou deixamos de seguir, tudo o que fazemos é decisão nossa.
Não que ter vaginismo seja nossa opção, as vezes somos influenciados e nem percebemos, não conseguimos ver a quanto o nosso subconsciente é poderoso, mas na parte que podemos controlar, no nosso consciente, é opção nossa, nós escutamos quando queremos e damos brechas para coisas que não queremos absorver entrarem em nossa vida.
Enfim, estou gostando muito da terapia sexual, mais uma vez, estou vendo as diferenças em mim, estou admitindo o que faço de errado comigo, e por mais que eu saiba que não vou me curar amanhã, sei que hoje estou um passo mais a frente na busca cura do que estava ontem.

5 comentários:

  1. Luthy,
    que bom que ele se envolve. Os homens que acham que não devem compartilhar dos problemas da sua parceira perdem uma grande oportunidade de aprender o que é cumplicidade. E mais do que isso, deixam de descobrir que o que acham que é um problema exclusivamente da mulher pode também ter a ver com eles, e por isso perdem a chance de mudar para melhor. Mas acho que o problema da maioria está aí: a insegurança de mudar.
    No entanto, eu não concordo que a terapia sexual sempre tenha que envolver o casal. Acho que cada caso é um caso, e que de qualquer forma a mulher pode perfeitamente fazer o tratamento se ela não tiver parceiro ou se ele não quiser. O vaginismo pode envolver o outro, mas antes de envolver o outro já estava inscrito no corpo e na mente da mulher.
    Também não concordo que sempre exista a opção de anular o modo como o subconsciente influencia a vida, inclusive porque por definição não nos damos conta sozinhos desses condicionamentos não-conscientes. Mas isso não quer dizer que não possamos fazer opções tendo como pressuposto esses condicionamentos, a exemplo de procurar algum tipo de terapia. Muitas vezes o subconsciente impedirá que pessoas procurem ajuda ou que escrevam sobre a sua intimidade como você fez tão bem. A fronteira das escolhas possíveis será sempre incerta, e o fato de pensarmos sobre isso já evidencia o grau da nossa liberdade de escolha.
    Um abraço...

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    1. Oi Marcelo,

      senti falta de suas contribuições na rede...rsrsrsrsrs
      Bom sem dúvida que o problema está na mulher, mas acredito que a partir do momento em que se decidi compartilhar a vida com outra pessoa, creio que isso também signifique que os problemas, sejam eles de que ordem sejam, devam ser compartilhados também; mesmo a minha terapeuta tinha esclarecido desde o inicio que o ideal seria que ele fosse junto, por que cresceríamos nesse caminho juntos e é o que tem acontecido de fato.
      O complicado Marcelo, é que a mulher que tem vaginismo e não tem parceiro dificilmente irá procurar tratamento pelo simples fato de ser mais comodo, não existem cobranças nesse sentido por que o relacionamento é com você mesma.
      O que quis dizer não é que existe a opção de anular o subconsciente, é que muitas vezes sabemos o que nos influencia, e podemos as vezes evitar essa influencia, vou dar um exemplo prático da minha vida: eu tenho plena consciência de que muitas coisas que a minha querida mãezinha fala me influenciam de diversas formas negativas, mas mesmo assim eu tenho escolha e a minha escolha tem sido escutar mas não ouvir de fato, assim me protejo desse tipo de coisa e não tenho o incomodo de saber que ela não tem com quem falar, afinal a minha mãe ama um monólogo...rsrsrsrsrs!
      Enfim, fico feliz de te ver por aqui de novo Marcelo.
      Abraços...

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    2. Luthy,
      sim, eu concordo que o ideal é que o casal participe junto e que assim os dois crescem juntos, o que no seu caso provou ser algo que aproxima e não simplesmente uma obrigação chata de ser cumprida. Só não concordo que a terapia tenha que envolver o casal obrigatoriamente, ou que só possa ser positiva se for assim. Como eu disse, acho que cada caso é um caso.
      Sobre mulheres que não procuram tratamento por não terem a cobrança de um parceiro, acho que isso acontece mas não acho que ter um parceiro seja o único motivo para buscar tratamento. A acomodação tem que ser vencida tendo como motivação principal a saúde física e mental da mulher. O sexo hoje em dia é reconhecido como uma necessidade que varia de pessoa para pessoa mas que continua sendo uma dimensão irredutível da existência.
      Entendo o que você diz ao afirmar que muitas vezes podemos evitar uma influência por conhecer o que nos influencia, mas nem sempre podemos garantir até onde somos conscientes dessa influência, mesmo que saibamos que ela existe. Você deve reconhecer que crescer ouvindo as exigências da mãe interioriza algum grau de exigência, que até saber lidar com isso (como você parece ter conseguido) você foi mais influenciada e que só o fato de ser alvo de tanta insistência faz com que a opinião da sua mãe tenha um peso na escolha que você acha ser completamente sua por ser supostamente completamente consciente. Mas você não tem que concordar comigo porque faz parte do meu argumento supor que o subconsciente não é imediatamente reconhecível por cada um. E agora, xeque-mate? (risos)
      Abraços...

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Marcelo,

      Em primeiro lugar, adoro discutir com pessoas inteligentes que tem opiniões diferentes das minhas...rsrsrsrsrs
      Bom realmente no meu caso a presença do meu marido durante o tratamento está sendo bem produtiva para nós dois, temos aprendido muito e nos divertido bastante em todos os sentidos como já é nosso costume. Digo que é difícil que uma mulher sem parceiro procure tratamento, por que eu mesma se não tivesse um parceiro como o meu marido não procuraria tratamento, pelo simples fato de que até então sexo não parecia um ponto tão importante na minha existência (bem coisa de vagínica mesmo, né...rsrsrsrsrs).
      Sobre as influencias, eu comecei a perceber isso há bastante tempo, apenas por que me atrapalhava em muitos outros aspectos que nada tinham a ver com as questões sexuais que costumamos discutir por aqui, então simplesmente comecei a fazer uma espécie de triagem do que me permito ouvir de pessoas que eu já sei que exercem alguma influencia sobre mim.
      E agora, esclarecido? rsrsrsrsrsrs
      Abraços!

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