quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Medo!


Estou há um bom tempo sem postar por aqui, pelo simples fato de que as vezes prefiro me afastar um pouco do assunto, viver a minha vida como se o vaginismo não existe de vez em quando me faz bem. Então me afastei durante as festas de fim de ano prezando apenas a minha paz de espírito.
Mas agora as festas acabaram e o ano começou mais uma vez, sei que nesse momento estou mais perto da cura do vaginismo do que já estive desde que iniciei a minha vida sexual, mas isso ainda não significa que cheguei a tão sonhada cura, nem sei ao certo quanto tempo ainda terei que trabalhar em mim e por mim para que a conquiste.
Comprei como tinha dito no post anterior o vibrador, cheguei em casa toda empolgada no mesmo dia e fui tentar introduzi-lo, cheguei mais uma vez na metade do caminho, não consegui colocá-lo até o final. Tinha comprado também os pesinhos para praticar o pompoarismo, mas também não consegui colocá-los até o final. Na verdade acho que me senti meio intimidada por todos esses novos objetos desafiadores no meu caminho. De início chorei, me senti mal, senti dor, parecia que todo o esforço que tinha feito até ali tinha sido completamente em vão.
Depois conversei com a minha médica que me esclareceu meia dúzia de fatos sobre a relação da adrenalina que eu libero no me corpo nesse tipo de momento em que fico tão ansiosa, e o que isso tem a ver com a contração muscular que me impediu de introduzir os dois objetos até o fim.
Ganhei alguns exercícios de relaxamento para fazer em casa, antes de tentar mais uma vez introduzir os pesos do pompoarismo ou o próprio vibrador, exercícios para fazer se conseguisse introduzi-los depois da minha ultima consulta de 2013 e exercícios para fazer se não conseguisse essa façanha.
O ano que se iniciou ainda não me trouxe a capacidade de introduzir nenhum dos novos objetos, e no fundo eu sei por que, na verdade tenho dois motivos que sei que influenciaram no meu fracasso em relação a isso, primeiro o fato de não ter feito os exercícios de relaxamento da forma correta, todas as vezes que tentei estava muito ansiosa para conseguir relaxar de fato, a verdade é que ainda tenho medo tanto do vibrador quanto dos pesos. Sinto o peso do medo cada vez que tento fazer os exercícios, e por isso sempre saio mais decepcionada do que antes de tentar.
Sei que não posso parar de tentar, pelo simples fato de que só superei o medo do absorvente interno tentando, relaxando e me esforçando, e a minha esperança é que um dia o vibrador seja como o absorvente um amigo e não algo que me cause medo nem dor.
Sei que ainda vou ter que trabalhar muito nesse aspecto, mas pelo menos tenho consciência mais do que nunca que o meu problema vem do puro e simples medo.

8 comentários:

  1. Oi Luthy,

    pensamentos positivos em 2014!

    Tenho duas coisas pra sugerir para ajudar com o seu medo: primeiro, tentar ambientar um clima de sensualidade para fazer os exercícios e só começá-los quando sentir que está relaxada (uma boa evidência do relaxamento é o ritmo da respiração). Segundo, não deixar passar muito tempo entre uma tentativa e outra. Mesmo que você não consiga introduzir todo o vibrador, tente avaliar a evolução parcial. Lembre-se que, de acordo com a experiência da minha esposa, massagear o clitóris ajuda no relaxamento da vagina para a penetração.

    Abraços...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pela dica, Marcelo!
      Estou tentando me sentir confortável comigo mesma nessa fase de desafios, só não é fácil.
      Abraços!

      Excluir
  2. Tb estou nessa onda de medo e desânimo, estou cansada de sentir dor e frustração ! Por mais que eu reconheça o avanço que tive até agora, o medo do próximo "desafio" me assombra.
    Força pra vc !
    Bjos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pelas palavras de incentivo, tenho tentado me sentir melhor, mas não tem sido fácil, mesmo reconhecendo os avanços que consegui até aqui, parece que um fracasso é 100 maior do que todas as muitas conquistas, mas ver que eu não sou a única a passar por isso faz com que me sinta menos pior.
      Obrigada e muita força para você também!

      Excluir
  3. Olá, Luthy,
    tente não focar nos fracassos, mas sim nas vitórias alcançadas. O fato de não ter conseguido introduzir até o final não indica que não houve vitória, lembre-se que um dia você não era capaz nem de ir até a metade.
    Se empenhe nos exercícios de contração e relaxamento dos músculos perineais, as vezes eles até parecem inúteis, mas fazem toda a diferença.
    Não sei em quais posições você tem tentado introduzir, mas procure alterá-las, assim descobrirá a mais agradável. Eu pensava que a mais fácil pra mim fosse semi-deitada, mas com a fisioterapeuta descobri que a mais fácil pra mim era de pé, eu jamais imaginaria isso, mas foi!
    Espero ter colaborado. Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pela dica, nunca que eu ia imaginar tentar em posições diferentes, pode parecer simples, mas normalmente não passa pela cabeça das pessoas, principalmente quando você ainda está na fase de se acostumar com o seu corpo e com a sua própria sexualidade. Realmente foi muito útil.
      Obrigada pela sugestão e pelas palavras de incentivo!
      Abraços!

      Excluir
  4. Olá, Luthy! Medo vem pra ser superado, e estou certa de que vai conseguir. As dicas de Marcelo foram mesmo muito boas: esse clima de sensualidade, de toques, de tesão por si mesma e pelo outro (real e/ou imaginário) ajudam muito. Pense uma coisa: sexo é uma delícia... e vou chegar lá. Só não desista. Abraço pra vc. A cura existe!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Desistir não está nos meus planos, pode ficar tranquila :)
      Agora começo a pensar que de fato o que tem me atrapalhado além do medo é aprender a lidar com a minha sexualidade esquecida, e isso tem dado um pouco mais de trabalho, mas tenho evoluído desde que decidi que isso é uma coisa que preciso fazer antes de qualquer coisa por mim mesma, eu mereço me conhecer de todas as formas, eu me devo isso...
      Tenho visto novas conquistas com esse pensamento e com essa aceitação de aprendizagem, em breve posto mais sobre como estão ficando as coisas depois dessa reflexão.
      Muitíssimo obrigada pela força e pela torcida!
      Abraços de quem está em busca da cura!

      Excluir